domingo, setembro 26, 2010

Relatos de 19.09



Ontem eu não tive forças para escrever, mas quero transcrever as poucas palavras que pude juntar no dia que me ocorreu:

"Hoje eu enterrei um mestre. O mestre que me ensinou a pôr no papel tudo o que penso, sinto, acredito...
O homem que sempre foi um enigma pra mim e que ao mesmo tempo me fazia enxergar coisas tão claras.
Diante de seu túmulo, só consegui pedir que Ísis o leve à luz, que ele encontre um lindo caminho de luz. E que, em outra vida, ele torne a passar por mim."


Não queria acreditar, mas foi foi real.


Preferia que não fosse.


Por mais distante que se esteja, as notícias parecem que aproximam.Não só os corpos, mas as almas.

Durante o velório, quando minhas pernas iam por si só atrás daquele corpo inanimado, passei a sentir a calma que acredito ser encontrada só em mim. Em um trecho do caminho, já me percebia dando 'oi, Dona Maria', 'oi Seu Joaquim',...

...pessoas moradoras dali a tempos.


Refletindo em cima disso, percebi que cada lápide conta o sentimento conquistado por aquelas pessoas e a de Jorge mostrava: "JORGE, gênio, amigo...e principalmente um filho amado!".


Pode ser meio funesto, mas depois de entrar em contato com esse 'mundo corpóreo morto', estive com pessoas que amo e me correspondem ao sentimento.

Fiz um programa meio fora da realidade e me conformei com a vasta possibilidade de que minhas lágrimas, preces e palavras escritas o ajudem a chegar em NOSSO LAR. Mas a ficha ainda não caiu.


SALVE JORGE!!


SÃO JORGE!!!!