quarta-feira, novembro 10, 2010


Não sei ao certo se pulo de alegria ou se murcho de tanta tristeza. Meu coração, dentro desse carrossel, não sabe se ama, não sabe quem ama, nem o que quer ou deixa de querer.

Um coração...dois sentimentos...uma esperança.

É chato e mentiroso dizer que não sonhei com lindos momentos, deliciosas noites, divertimentos diários...e com uma nova rotina. Não minto quando assumo minhas saudades esperançosas e minha odiosa posição ao sentir-me confusa.

Por fim e com todo o fim, gosto da felicidade que não é minha, mas , egoísticamente falando, gosto muito de mim e do que estou sentindo, mesmo que confusamente.

Talvez haja uma (grande) confusão de dor da perda com amor...ou de amor com admiração...ou de admiração com querer bem...

Confusões minhas, que prefiro que sejam ainda minhas,mas que influem em tratamentos que dou.

Querer ou não querer...amar ou não amar...

Ah...ainda tem " a carne", que fala por mim, que deturpa minhas vontades e aguça os meus desejos, que convertem sempre para a minha carência. E esta, por sua vez, ilude meu cérebro, fazendo com que eu veja num NADA, um TUDO que não existe.

E o coração, sempre confuso, leva toda a culpa de minha esperançosa tolice.

Na realidade, eu gostaria de ter uma 'planta de vida'. Como uma planta de casa mesmo, com espaços definidos, só esperando levantar os muros, pintar as paredes e pôr os móveis.

Tudo bem que, ao menos o escritório, tem uma forma nesse papel. Mas cadê a sala? E a cozinha? E o quarto?

Este último, que sempre almejei muito, nem sequer conquistou sem espaço;